domingo, 12 de janeiro de 2014



Planeta similar à Terra é descoberto e tem potencial para conter vida.


UPI / France Press/ G1

Detecção foi feita por equipe de astrônomos norte-americanos.
O astro onde gravita o exoplaneta está localizado a 20 anos-luz de distância do Sol.

Além de 'enorme fração da massa' formada por água, ele tem leve atmosfera.
É considerado uma 'super-Terra' e foi encontrado pelo telescópio Hubble.



Um planeta fora do Sistema Solar (portanto um exoplaneta) com três vezes a massa da Terra foi detectado a 20 anos-luz, orbitando uma estrela da constelação de Libra conhecida como Gliese 581, uma anã vermelha.   Astrônomos da Universidade da Califórnia e da Carnegie Institution de Washington afirmam que o planeta é um dos aproximadamente 1 bilhão  a apresentar potencial real para conter vida.
A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (08/01) pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. 

O astro no qual gravita o planeta é  chamado Gliese 581g, e fica em uma região na qual os astrônomos julgam que um planeta pode apresentar água líquida para formar oceanos, rios e lagos. No local, a distância da estrela permitiria um ambiente com clima ameno, nem tão frio, nem tão quente.  Os cientistas estimam que a temperatura média na superfície varia de 31 a 12 graus Celsius negativos. A equipe também afirma que o planeta orbita com uma face sempre voltada à estrela, de forma similar a como a Lua sempre mostra uma face à Terra.

A órbita do planeta ao redor da estrela Gliese 581 dura pouco mais de um mês terrestre, com as possíveis estações de ano durando apenas dias.
Não é o primeiro planeta a ser descoberto na "zona habitável" da estrela. Em 2007, um outro exoplaneta, localizado próximo a mesma estrela, foi catalogado, também com potencial para ser conter vida.
Super-Terra
A ilustração mostra um formato possível para o exoplaneta que orbita a estrela Gliese 581, a apenas 20 anos-luz de distância do Sol. (Crédito: AP / Zina Deretsky / National Foundation of Science)



Características

O "GJ1214b", situado a 20 anos-luz do Sol, é considerado uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes seu peso.
Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 31 a 12 graus Celcius.

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Para os astrônomos, o planeta pode "sustentar vida", o que significa que ele tem potencial para reunir condições de vida. Os seres vivos podem não ser necessariamente parecidos com humanos.

Segundo Steven Vogt, coordenador da pesquisa que contou com 11 anos de trabalho no Observatório W. M. Keck, localizado no Havaí, a descoberta é um indício de que podem existir muitos outros corpos similares no Universo.

Os resultados serão publicados na revista científica Astrophysical Journal, mas estão disponíveis online no site arXiv.org. 

Até setembro, 990 planetas foram descobertos fora do Sistema Solar.

Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno).  Plutão e suas 2 luas, embora maior que Mercúrio, também é tido como "um planeta de gelo".

Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta", ressaltou comunicado conjunto do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e da Nasa. Os estudos foram realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.   Já em  2010, esse mesmo grupo  de cientistas e já liderado por  Zachory Berta havia indicado que a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura.  No entanto, as observações na época estabeleciam que este fato se devia em razão da presença de uma nuvem que envolvia totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.

O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor. Depois, os astrônomos conseguiram calcular a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que ele tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".

2 comentários:

  1. FANTÁSTICO!... MUITÍSSIMO GRATO!... É UM TAPA NAQUELES QUE CONCEBEM SERMOS OS ÚNICOS A POVOAR ESTE MARAVILHOSO E INFINITO UNIVERSO.
    PARABÉNS POR ESTE UTILÍSSIMO BLOG.

    Marcos de Alcantara - Brasília, DF

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  2. Concordo com o Visitante Marcos de Alcântara de Brasília.
    Nosso Pai justo, perfeito e amoroso, JAMAIS seria imparcial em "brindar" somente a este nosso INSIGNIFICANTE planeta com uma geração humana ainda bruta e ainda imperfeita.
    Outros mundos nesta imensidão e sem limites do Universo acolhem seres irmãos mais avançados do que nós.
    Nos tornemos humildes e rendamos graças ao nosso Magnífico Grande Arquiteto, inteligência suprema que criou, cria e criará sempre.

    Maria de Oliveira, PALMAS, TO

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