Cientistas descobrem planeta habitável semelhante à
Terra
17 de abril de 2014
| 18h 26
Reuters
IRENE KLOTZ
UPI / FRANCE PRESSE/ Agência O Estado
Pela primeira vez,
cientistas descobriram um planeta do tamanho da Terra orbitando uma região
habitável ao redor de uma estrela distante.
A descoberta,
anunciada nesta quinta-feira, é o mais próximo que os cientistas já chegaram por encontrar um gêmeo da Terra. A estrela,conhecida como Kepler-186 e situada a quinhentos anos-luz de distância na constelação de Cygnus, é menor e menos vermelha
que o Sol.
O planeta mais distante da estrela, designado Kepler-186f, recebe cerca de um terço da radiação de sua estrela irmã, como a Terra recebe do Sol, o que significa que naquele mundo o meio-dia é aproximadamente semelhante à Terra, uma hora antes do crepúsculo, disse o astrônomo Thomas Barclay, do Centro de Pesquisa Ames, da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês), em Moffett Field, na Califórnia.
O planeta está à
distância certa de sua estrela-mãe e contém água líquida em sua superfície, uma condição que os cientistas suspeitam ser necessária para
a vida.
"Este planeta
é um primo da Terra, não um gêmeo da Terra", disse Barclay, que integra a
equipe de cientistas que relatou a descoberta na revista Science nesta semana.
A Nasa lançou o telescópio
espacial Kepler em 2009 para pesquisar cerca de 150.000 estrelas em busca
de sinais de algum planeta passando ao largo, ou transitando, em relação ao
ponto de vista do telescópio. No ano passado, o Kepler foi deslocado por uma
falha no sistema de posicionamento.
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Telescópio espacial Kepler (Imagem NASA) |
As análises dos
dados arquivados no Kepler continuam. Da posição na qual o Kepler observa, um
planeta de tamanho e localização semelhantes aos da Terra orbitando uma estrela
parecida com o Sol bloquearia somente entre 80 e 100 fótons de cada milhão à
medida que transita.
O padrão se repete
a cada 365 dias, e seriam necessárias pelo menos três passagens para descartar
outras possibilidades, por isso a pesquisa leva tempo.
"É muito
desafiador encontrar análogos da Terra", afirmou Barclay. "A maioria
dos candidatos não o é, mas as coisas mudam à medida que recebemos mais
medições".
Os cientistas não
sabem nada sobre a atmosfera do Kepler-186f, mas ele será alvo de telescópios
futuros com capacidade para detectar elementos químicos que podem ser
identificados com a vida.
"Este planeta
está em uma zona habitável, mas não quer dizer que ele é habitável",
afirmou Barclay.
Até agora, os
cientistas encontraram quase 1.800 planetas além do sistema solar.
"No ano
passado houve muito progresso na busca por planetas semelhantes à Terra. O
Kepler-186f é significativo porque é o primeiro exoplaneta com a mesma
temperatura e quase o mesmo tamanho da Terra", disse o astrônomo David
Charbonneau, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, em um e-mail.
"Para mim, o
impacto é provar que sim, tais planetas de fato existem", declarou
Charbonneau. "Agora podemos apontar para uma estrela e dizer ‘ali está um
planeta semelhante à Terra'".
CONSIDERAÇÕES DESTE BLOG.
A descoberta dos cientistas da NASA sobre o exoplaneta Kepler-186-f representa um salto gigantesco em busca de planetas habitáveis.
A existência de água (fundamental para a existência de vida) não é exclusividade do Kepler-186-f.
*** Em nossa postagem de 4 de fevereiro deste ano (2014), os cientistas que acompanham o jipe-robô Curiosity, o qual aterrisou em Marte em agosto de 2012,
encontraram evidência de um antigo lago de água doce em Marte, com condições para permitir a vida microbiana.
*** Em nossa postagem de 9 de março deste ano (2014), sobre a chuva em Saturno, registramos a existência em seu satélite Encélado de um lago com profundidade de 8 mil quilômetros nas dimensões do maior dos nossos lagos de água doce (Lago Superior) entre Canadá e USA. Esse lago é o responsável pela chuva de água, sal, e "neve" de gelo que se precipitam sobre o anel 14 - E, do planeta Saturno.
*** Já no ano de 2012, o telescópio Hubble captou imagem do exoplaneta denominado GJ 1214-b, que orbita a estrela GJ1214 em apenas 18 horas. O exoplaneta possui 6 vezes a massa da Terra, possui um interior de gelo, e seu exterior é composto de 75% de água e 25% de rocha, ou seja, muito superior a Terra. O exoplaneta encontra-se a 40 anos-luz.
Por tudo isso podemos afirmar: A VIDA NÃO É, EM HIPÓTESE ALGUMA, PRIVILÉGIO DESTE NOSSO PEQUENINO PLANETA.
CONSIDERAÇÕES DESTE BLOG.
A descoberta dos cientistas da NASA sobre o exoplaneta Kepler-186-f representa um salto gigantesco em busca de planetas habitáveis.
A existência de água (fundamental para a existência de vida) não é exclusividade do Kepler-186-f.
*** Em nossa postagem de 4 de fevereiro deste ano (2014), os cientistas que acompanham o jipe-robô Curiosity, o qual aterrisou em Marte em agosto de 2012,
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Jipe-robô Curiosity em solo marciano (Divulgação NASA) |
encontraram evidência de um antigo lago de água doce em Marte, com condições para permitir a vida microbiana.
O lago, localizado dentro da Cratera Gale,
onde o jipe-robô da Nasa, cobria uma área de 50 quilômetros de comprimento e 5 quilômetros de largura, embora seu tamanho tenha variado ao longo do tempo.
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Lago de água doce na Cratera Gale (Imagem Curiosity - divulgação NASA) |
*** Em nossa postagem de 9 de março deste ano (2014), sobre a chuva em Saturno, registramos a existência em seu satélite Encélado de um lago com profundidade de 8 mil quilômetros nas dimensões do maior dos nossos lagos de água doce (Lago Superior) entre Canadá e USA. Esse lago é o responsável pela chuva de água, sal, e "neve" de gelo que se precipitam sobre o anel 14 - E, do planeta Saturno.
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Representação gráfica do interior de Encélado, mostrando seu lago no polo sul e suas erupções (Divulgação NASA) |
*** Já no ano de 2012, o telescópio Hubble captou imagem do exoplaneta denominado GJ 1214-b, que orbita a estrela GJ1214 em apenas 18 horas. O exoplaneta possui 6 vezes a massa da Terra, possui um interior de gelo, e seu exterior é composto de 75% de água e 25% de rocha, ou seja, muito superior a Terra. O exoplaneta encontra-se a 40 anos-luz.
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Exoplaneta - a "Super Terra", denominado de GJ 1214-b (a 40 anos-luz). Imagem captada pelo telescópio Hubble/ divulgação NASA |
Por tudo isso podemos afirmar: A VIDA NÃO É, EM HIPÓTESE ALGUMA, PRIVILÉGIO DESTE NOSSO PEQUENINO PLANETA.