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Concebem aqueles Visitantes/Comentaristas que se faz necessário nas abordagens sobre Astronomia e seus correlatos de um instrumento de divulgação "update", ou seja, que poste notícias sempre no exato momento de suas ocorrências.
Eles estão corretíssimos.
Assim o faremos.
Gratos.
terça-feira, 19 de julho de 2022
Telescópio espacial Webb chega ao
destino, a 1,5 milhão de km da Terra
Novo
equipamento é um dos mais caros da história da Nasa e poderá produzir imagens
que o antecessor, o Hubble, não conseguiria.
O telescópio espacial James
Webb alcançou sua órbita final, a 1,5 milhão de
quilômetros da Terra, de onde poderá observar as primeiras galáxias do
Universo, confirmou a Nasa nesta segunda-feira
(24). Por volta das 16h no horário de Brasília, ativou seus propulsores para
alcançar o ponto de Lagrange 2, ideal para observar o cosmos. “Bem-vindo a
casa, Webb!”, exclamou o chefe da agência espacial americana, Bill Nelson, em
um comunicado. “Demos um passo a mais para descobrir os mistérios do Universo.
E tenho vontade de ver as primeiras novas imagens do Universo do telescópio
Webb neste verão!”, acrescentou.
Na região do espaço em que ficará,o Webb permanecerá alinhado com a Terra
enquanto se move ao redor do Sol, o que permitirá ao guarda-sol que leva
proteger o equipamento sensível ao calor e à luz. Sob essas condições, o Webb
deve ser capaz de exceder facilmente sua vida mínima planejada de cinco anos,
disse Keith Parrish Webb, gerente do observatório, a repórteres em uma chamada.
A duração da missão pode ser de cerca de 20 anos, acrescentou. “Achamos
provavelmente é uma boa faixa, mas estamos tentando refinar isso”, esclareceu.
O telescópio James Webb, cujo custo para a Nasa chega a cerca de 10 bilhões de
dólares, é um dos equipamentos científicos mais caros já construídos, comparado
a seu antecessor, Hubble, ou ao acelerador de partículas do CERN.
domingo, 13 de fevereiro de 2022
SONDA SOLAR DA NASA CAPTA
IMAGENS
INÉDITAS DE VENUS EM LUZ VISÍVEL
10/02/2022 12h21,
atual
iA sonda solar Parker, da Nasa, além de investigar os ventos solares, também volta
seu foco para o planeta Vênus
Imagem: Universidade Johns Hopkins/Divulgação
Nesta
quarta-feira (9), a Nasa divulgou que a sonda solar Parker fez uma grande contribuição para a ciência
venusiana. Novas imagens da missão focada no Sol, capturadas durante um
sobrevoo próximo de Vênus, mostram o planeta em luz visível pela primeira vez.
Segundo
a agência espacial norte-americana, com o tempo e uma análise aprofundada, as
novas imagens fornecerão informações valiosas sobre a geologia e minerais do
planeta. “Combinando as novas imagens com as anteriores, os cientistas agora
têm uma gama mais ampla de comprimentos de onda para estudar, o que pode ajudar
a identificar quais minerais estão na superfície do planeta”.
Tais
técnicas, de acordo com o comunicado da agência, já foram usadas para estudar
a superfície da Lua.
“Futuras missões continuarão a expandir essa gama de comprimentos de onda, o
que contribuirá para nossa compreensão dos planetas habitáveis”.
A
Sonda Solar Parker capturou essas imagens de Vênus usando seu instrumento WISPR
durante seu quarto sobrevoo, em fevereiro de 2021, mostrando a superfície do
lado noturno do planeta. Imagem: NASA/APL/NRL
A
câmera de campo amplo da sonda (WISPR, na sigla em inglês) fez imagens de todo
o lado noturno do planeta em luz visível, bem como luz infravermelha, revelando
continentes, planícies e platôs no planeta encharcado de lava. Além disso,
cientistas detectaram oxigênio na
atmosfera de Vênus formando um círculo luminoso ao redor do planeta.
Ver
a superfície em luz visível não é pouca coisa, tendo em vista que Vênus está
permanentemente envolto por nuvens. Essa não é a primeira vez que a WISPR
captura imagens do planeta; ela já o tinha feito durante um sobrevoo em julho
de 2020, o terceiro da missão.
Uma imagem de Vênus tirada
em julho de 2020, pelo instrumento WISPR na Sonda Solar Parker da NASA
Imagem: NASA/Johns Hopkins APL/Naval Research Laboratory/Guillermo Stenborg e
Brendan Gallagher
Projetada
para captar sutilezas no fluxo constante de partículas que emanam do Sol,
conhecido como vento solar, a WISPR também mira Vênus em razão de suas
capacidades também funcionarem bem no planeta, não apenas mostrando seus topos
de nuvens, mas até mesmo espiando até a superfície. “As nuvens obstruem a maior
parte da luz visível proveniente da superfície de Vênus, mas os comprimentos de
onda visíveis mais longos, que beiram os comprimentos de onda quase
infravermelhos, passam por elas”, explicou a Nasa em comunicado.
Como
a luz vermelha se perde principalmente em imagens à luz do dia, a esperança era
que uma observação noturna permitisse que a câmera captasse o calor de Vênus
irradiando da superfície. Essa chance veio com um sobrevoo de fevereiro do ano
passado, no quarto sobrevoo da missão no planeta, quando a espaçonave passou
por ali pela primeira vez à noite.
“A
temperatura na superfície de Vênus, mesmo à noite, é de cerca de 460 graus
Celsius”, disse o autor principal do estudo, publicado no Geophysical Research Letters,
Brian Wood, físico do Laboratório de Pesquisa Naval em Washington. “É tão
quente que a superfície rochosa de Vênus está visivelmente brilhando, como um
pedaço de ferro puxado de uma forja”.
Segundo
Wood, o WISPR captou comprimentos de onda que vão desde o infravermelho próximo
(que era visível como calor) até a luz visível, entre 470 nanômetros e 800
nanômetros. Este trabalho se distingue de missões em órbita anteriores, que
contaram com observações de radar e infravermelho para olhar para a superfície
do planeta.
Cientistas encontram possível evidência de vida
extraterrestre em Vênus. 'Fiquei estupefata', diz astrônoma
Presença de gás fosfina, produzido
por bactérias que vivem em ambientes inóspitos, na atmosfera do planeta foi
descoberta por equipe internacional
O Globo com agências
e NYT
14/09/2020 - 12:42 / Atualizado em
14/09/2020 - 21:02
WASHINGTON —Cientistas anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de
gás fosfina em Vênus, um forte indicador da presença de vida no planeta. As
evidências foram publicadas no periódico científico Nature Astronomy. Na Terra,
o composto químico é produzido por bactérias que vivem em ambientes com
escassez de oxigênio, como é o caso da atmosfera venusiana.
— Eu fiquei muito surpresa. Estupefata, na verdade — afirmou a astrônoma
e professora da Universidade de Cardiff, no País de Gales, Jane Greaves, que
liderou os trabalhos.
A existência de vida extraterreste é um dos maiores questionamentos da
ciência. A descoberta do gás fosfina em Vênus foi feita por um time internacional
de cientistas no Telescópio James Clerk Maxwell, no Havaí, e confirmado por
meio do rádiotelescópio Alma, no Chile. Esta é a primeira vez que este composto
é descoberto em um planeta telúrico do Sistema Solar, com exceção da Terra. .
O gás, formado pela combinação de fósforo com três átomos de hidrogênio,
é considerado altamente tóxico para seres humanos. A concentração encontrada na
atmosfera de Vênus é de 20 partes por bilhão.
Jane explica que os pesquisadores avaliaram possíveis fontes não biológicas,
como atividade vulcânica, meteoritos e diversas reações químicas, mas nenhuma
pareceu viável. As pesquisas continuarão com o intuito de confirmar a presença
de vida no planeta ou encontrar uma explicação alternativa.
— Com base no que sabemos sobre Vênus, a explicação mais plausível para
a presença do gás fosfina, por mais fantástica que pareça, é a presença de vida
— disse Clara Sousa-Silva, portuguesa de 33 anos, co-autora e astrofísica
molecular do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA). — É preciso
enfatizar, no entanto, que a hipótese de vida (extraterrestre) deve ser
encarada como o último recurso. A descoberta é importante porque, se for o
caso, isso significa que não estamos sozinhos e que a vida por si só pode ser
muito comum. Pode haver vários outros planetas habitados em nossa galáxia.
Vênus é o planeta mais próximo da Terra. É similar em estrutura, embora
ligeiramente menor, e é o segundo planeta mais próximo do Sol, enquanto a Terra
é o terceiro. A atmosfera venusiana é tóxica e densa e retém o calor. A
temperatura na superfície chega a 471°C, o suficiente para derreter
chumbo. A pressão atmosférica é 90 vezes maior do que a terrestre.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
Perseverance: NASA pousa seu quinto rover em Marte e buscará por sinais de vida.
Deu tudo certo! Lançada em julho do ano passado, a missão Mars 2020 levou a Marte o rover Perseverance e o helicóptero Ingenuity, cujo pouso aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (18). Agora, a NASA celebra a chegada segura de seu quinto rover para explorar o Planeta Vermelho, bem como o primeiro helicóptero que voará em outro planeta.
Pouco antes das 17h40 (horário de Brasília), a cápsula de entrada se separou da nave, com a entrada atmosférica acontecendo menos de dez minutos depois, em alta velocidade. Nesse momento, a nave atingiu temperaturas extremas de até 1.300 °C, devido à fricção com a atmosfera marciana. Os paraquedas para reduzir a velocidade da descida foram acionados às 17h53, e logo em seguida foram acionados os radares do rover para que ele medisse a distância até o solo, encontrando o local seguro para o pouso. Então, o tão aguardado pouso do Perseverance em Marte aconteceu às 17h56, mostrando mais um imenso sucesso da NASA quando o assunto é levar veículos exploratórios a outro planeta.
Essa sequência toda é apelidada de "sete minutos de terror", com o processo de descida e pouso acontecendo de maneira autônoma, já que, dado o atraso nas comunicações entre Terra e Marte, seria impossível controlar os equipamentos a distância em tempo real. São sete minutos de muita apreensão, mas que, mais uma vez, acabaram tendo um final feliz para a agência espacial dos Estados Unidos.
O quinto rover marciano da NASA
Falamos que o Perseverance é o quinto rover marciano da NASA, certo? Pois bem, os anteriores foram: Sojourner, Spirit, Opportunity e Curiosity. O Sojourner chegou lá em 1997 e foi o primeiro robô de seis rodas a percorrer o terreno marciano, como parte da missão Pathfinder. Já Spirit e Opportunity eram "irmãos gêmeos", chegando por lá em 2004 e proporcionando descobertas sem precedentes sobre nosso vizinho espacial, incluindo evidências de água por lá. Por fim, o Curiosity chegou a Marte em 2012 e teve como missão investigar ainda mais profundamente as reservas de água marciana, descobrindo também se Marte um dia já teve a combinação de fatores necessários para a ocorrência de vida.
Agora, o Perseverance dá continuidade a esse longo trabalho da NASA nas investigações de vida antiga em Marte, já que seu principal objetivo será procurar por bioassinaturas na região da cratera Jezero, onde há 3,5 bilhões de anos existiu o delta de um rio — ou seja, lugar ideal para preservar sinais de vida antiga até os dias de hoje. Ele também é equipado com dois microfones: um gravando os sons da entrada atmosférica, descida e pouso em Marte, e outro "ouvindo" sons marcianos.
O Perseverance, ao longo de sua exploração na cratera Jezero, coletará cerca de 40 amostras do solo, armazenando o material em tubos mais ou menos do tamanho de charutos, e então depositará esses tubos em até dez locais diferentes naquela região.
Lá eles permanecerão até que uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA), em parceria com a NASA, chegue por lá provavelmente em 2028 para fazer o resgate dos cilindros. O resgate será feito por um novo rover, que entregará os tubos a um módulo de ascensão posicionado na superfície. Esse módulo levantará voo para trazer o material à Terra, com tudo isso tendo previsão de acontecer no final da década de 2020.
Como será a missão de resgate das amostras coletadas pelo Perseverance (Imagem: Reprodução/ESA)
Já sobre o helicóptero Ingenuity, a ideia da NASA não é realizar tarefas científicas com ele. Trata-se de um experimento de engenharia para se testar novas tecnologias de voo em Marte, abrindo potenciais portas para futuras missões exploratórias com ainda mais possibilidades do que se é possível fazer com rovers percorrendo a superfície. O helicóptero deverá voar cinco vezes, pelo menos, dentro de um mês.
Como serão os primeiros 100 dias de trabalho do Perseverance
Nos dez primeiros dias de missão, o Perseverance fará uma inspeção fotográfica em seus equipamentos, enviando essas imagens à Terra para que os engenheiros da missão atestem que não aconteceu nenhum dano durante o pouso. Depois, chega a hora de carregar suas baterias para dar início aos trabalhos.
Nessa primeira etapa, o rover testará, individualmente, todos os seus componentes e sistemas, garantindo seu funcionamento perfeito. Ele também confirmará sua localização exata na superfície marciana, enquanto aproveita suas câmeras para tirar fotos incríveis de seus arredores. Tudo isso levará cerca de cinco dias para acontecer. Os cinco dias restantes dessa primeira fase serão dedicados a ajustes de software, e então o Perseverance testará seu braço robótico, que será necessário para a coleta das amostras. Nesse mesmo período ele também dará seus primeiros "passos", acionando suas seis rodas pela primeira vez.
Então, chega a segunda etapa, entre o 11º dia e o 60º dia após o pouso. Chega a vez de liberar o helicóptero Ingenuity, que, até então, permanecerá "escondido" na barriga do Perseverance. O processo de implantação do drone robótico é lento, até porque se trata de um experimento tecnológico, algo que nunca foi feito em outro mundo. Depois que todas as verificações estiverem feitas, o rover posicionará o helicóptero gentilmente na superfície de Marte, e somente depois que a equipe da missão tiver a certeza de que essa liberação deu certo é que a missão do Ingenuity começará. Cada um de seus cinco voos terá duração de 90 minutos, e acontecerão em uma janela de 30 dias.
Arte mostra o Perseverance no solo, com o Ingenuity alçando voo em Marte (Imagem: Reprodução/NASA)
Por fim, entre o 60º e o 100º dia de missão, começa, de vez, a parte científica da coisa, no sentido de enfim começar a investigar o terreno ao redor da cratera Jazero em busca dos melhores pontos para se colher as amostras, apostando naquelas áreas com maiores chances de abrigar alguma bioassinatura.
Ou seja: ainda vai demorar um bom tempo para que tenhamos, talvez, a resposta à antiga pergunta: "existe, ou já existiu, vida em Marte?". Ainda assim, a chegada do Perseverance ao Planeta Vermelho é uma vitória não apenas à NASA e aos Estados Unidos, como a todo o planeta, que está cada vez mais próximo de descobrir se a vida floresceu em outros lugares além da Terra.
sábado, 29 de fevereiro de 2020
28 de fevereiro de 2020 | 22h28
AP., O Estado de S.Paulo
Astrônomos
detectam maior explosão do universo desde Big Bang
A explosão aconteceu no centro de um aglomerado de galáxias, a cerca de 390 milhões de anos-luz de distância
Foto: NASA (divulgação)
Os
astrônomos descobriram a maior explosão já vista no universo desde o Big Bang, que se formou a
partir de um buraco negro supermassivo. A explosão aconteceu no centro de um
aglomerado de galáxias, a cerca de 390 milhões de anos-luz de distância,
segundo relataram os cientistas na quinta-feira, 27 de fevereiro.
De acordo com Simona
Giancintucci, do Laboratório de Pesquisa Naval em Washington, a explosão
foi tão grande que gerou uma cratera do tamanho equivalente a 15 Vias Lácteas.
O registro é cinco vezes maior do que o recorde anterior.
Para
fazer a descoberta, os astrônomos usaram um telescópio espacial lançado
pela Nasa,
o Observatório de
Raio X Chandra, além de observatórios espaciais europeus e
telescópios terrestres. Eles acreditam que a explosão se originou no centro
de Ophiuchus,
formado por milhares de galáxias, cujo centro é ocupado por um buraco negro.
O
primeiro indício da explosão foi percebido em 2016. Imagens de Ophiuchus, captadas
pelo Chandra,
revelaram uma borda estranhamente curva, mas os cientistas descartaram a
explosão por causa da quantidade de energia que seria necessária para provocar
a cavidade. Dados coletados depois confirmaram o fenômeno.
Os
cientistas acreditam que a explosão já tenha acabado. De acordo com a equipe,
são necessárias mais observações para compreender os motivos do ocorrido.
A cápsula Soyuz com Christina Koch, da Nasa, e seus colegas a bordo (o astronauta italiano Luca
Parmitano, da Agência Espacial Europeia, e o cosmonauta russo Alexander
Skvortsov) pousou nesta quinta-feira no Cazaquistão, Ásia Central, às 9h12 GMT
(6h12 de Brasília), após um voo de três horas e meia.
“A aterrissagem
aconteceu como estava previsto e a tripulação está bem”, anunciou o diretor da
Agência Espacial Russa (Roskosmos), Dmitri Rogozin, no Twitter. “Estou
emocionada e feliz”, disse Koch, sorridente, depois de ser retirada da cápsula.
Parmitano fez um
gesto com a mão para mostrar que estava bem, enquanto Skvortsov comeu uma maçã
logo depois da aterrissagem, de acordo com um vídeo divulgado pela Roskosmos.
Christina Koch, de
41 anos, permaneceu a bordo da ISS por 328 dias, um novo recorde, superando a
marca anterior da também americana Peggy Whitson.
Em 28 de dezembro
de 2019, Koch completou 289 dias no espaço, enquanto a marca de sua compatriota
era de 288 dias.
Esta engenheira
americana já havia entrado para a história com a primeira caminhada espacial
100% feminina, em outubro de 2019, ao lado da compatriota Jessica Meir, uma
bióloga marinha.
Em uma entrevista
na terça-feira, dois dias antes do retorno à Terra, Christina Koch contou ao
canal NBC que aquilo de que mais sentirá falta é da “microgravidade”.
“É muito divertido
estar em um lugar onde você pode pular do chão ao teto quando deseja”,
declarou, sorrindo.
11 feitos da astronauta
Christina Koch durante seus 328 dias no espaço
A astronauta da
Nasa bateu o recorde de maior voo espacial feminino. Ela trabalhou diariamente
em pesquisas que ajudarão a vida humana em outras missões espacias – e na Terra
Depois de estabelecer
o recorde do voo espacial mais longo executado por uma mulher, totalizando 328
dias no espaço, a astronauta da Nasa Christina Koch voltou
à Terra nesta quinta-feira (6). No dia 28 de dezembro de 2019, bateu outro
recorde, ao passar 288 dias sozinha em órbita.
Sua missão
oferecerá aos pesquisadores da agência espacial norte-americana a oportunidade
de observar os efeitos de voos espaciais de longa duração em uma mulher. Isso
porque a Nasa planeja
retornar à Lua – com uma astronauta do sexo feminino – em 2024, com o programa Artemis.
Durante essa missão recorde, Koch passou muitas horas executando atividades
científicas a bordo da estação espacial internacional (ISSO).
A astronauta
Koch participou da pesquisa que busca criar um padrão de medições para analisar
a saúde de outros astronautas (Foto: Nasa)de outros astronautas (Foto: Nasa)
Os
astronautas passam por diversas experiências durante as missões
espaciais que
ajudam a entender como o corpo humano se adapta a esses
voos. Koch participou
como voluntária da pesquisa que busca criar um
padrão
de medições para analisar a saúde de outros astronautas que forem ao
espaço, o que permitirá
aos cientistas comparar dados com mais precisão.
Com
isso, será possível desenvolver novas estratégias para melhorar o desempenho
individual e da equipe, além de garantir que os astronautas mantenham um
sistema imunológico saudável.
2. Uma horta no espaço
Christina Koch e colegas cultivaram verduras durante o tempo na Estação Espacial (Foto: Nasa)
Christina
Koch e colegas cultivaram verduras durante seu tempo na Estação Espacial. Ela conduziu
vários estudos de botânica em microgravidade que ajudarão a Nasa a entender
melhor o papel da gravidade e
o ambiente do voo espacial na biologia das plantas.
Na foto
acima, Koch recolhe e embala uma espécie de couve chamada Mizuna, cultivada no espaço. Algumas
das folhas foram consumidas pela tripulação para
saber o gosto da hortaliça, enquanto as demais foram armazenadas em um freezer
para análise na Terra. Além de fornecer alimentos frescos para a equipe, os
resultados desta pesquisa ajudarão os engenheiros a projetar sistemas
biológicos sustentáveis de suporte à vida.
3. Amigos robôs
Foto 3 - Koch monitorou um teste do assistente robótico Astrobee de voo livre (Foto: Nasa)
Não foram só humanos que
participaram da missão. Dentro do módulo de laboratório Kibo, pertencente ao
Japão, Koch monitorou um teste do assistente robótico Astrobee de voo livre.
O
Astrobee foi projetado para ajudar cientistas e engenheiros nas tarefas
espaciais rotineiras e dar aos controladores de solo olhos e ouvidos adicionais
na ISS. O conjunto de três robôs autônomos, alimentados por ventiladores e
navegação baseada em visão, realiza o monitoramento da tripulação, coleta
amostras ambientais e auxilia o gerenciamento de logística no laboratório em
órbita.
4. Mantendo as chamas acesas
Foto 4 - Koch também trabalhou na inserção da câmara de combustão avançada por experimentos de microgravidade (Foto: Nasa)
Como se não bastasse, Koch também trabalhou na inserção da
câmara de combustão avançada por experimentos de microgravidade (ACME). O ACME
é um conjunto de cinco estudos independentes que analisam como o fogo se
comporta no espaço, com o objetivo de melhorar a eficiência da combustível,
reduzir a produção de poluentes na combustão na Terra e impedir
que incêndios ocorram em
naves espaciais.
5. Estudo da saúde renal
Foto 5 - Koch trabalhou na Life Sciences Glovebox, conduzindo uma pesquisa para a investigação sobre células renais (Foto: Nasa)
Já foi constatado que, em voos espaciais, alguns problemas de
saúde
podem dar as caras, como osteoporose e cálculos renais. Entretanto, nada
disso foi observado durante missões de longa duração. Koch trabalhou na
Life
Sciences Glovebox, conduzindo uma pesquisa sobre como a saúde
renal é afetada
pela microgravidade e outros fatores das viagens
espaciais,
como dieta alterada. Os
resultados desses estudos ajudarão a proteger a
saúde dos astronautas e contribuirão para melhores tratamentos de
doenças
relacionadas aos rins na Terra.
6. Frio de bater o queixo
Foto 6 - Koch armazena equipamentos em um ambiente a cerca de um décimo de bilionésimo de grau acima do zero absoluto (Foto: Nasa)
E quem achou que os astronautas
estavam protegidos de altas ou baixas temperaturas está enganado. Christina
Koch teve que armazenar constantemente equipamentos científicos dentro de um
hardware que produz nuvens de átomos resfriadas a cerca de 1 décimo de
bilionésimo de grau acima do zero absoluto – muito mais frio que a temperatura
média do espaço profundo.
A
essa temperatura, os átomos quase não têm movimento, permitindo que os
cientistas estudem comportamentos fundamentais e características quânticas que
são difíceis ou impossíveis de serem investigadas em temperaturas mais
elevadas.
7. A vista do escritório
Foto 7 - A astronauta fotografou pontos de referência enquanto o laboratório em órbita voava 259 milhas acima do Oceano Pacífico (Foto: Nasa)
Foto 7-a - Outra imagem captada pela astronauta (Foto: Nasa)
Koch
olha pela "janela do mundo" da estação, a cúpula de sete janelas, e prova que a Terra
não é plana. Brincadeiras à parte, a astronauta fotografou pontos de
referência enquanto o laboratório em órbita voava 259 milhas acima do Oceano
Pacífico, na costa da América do Sul. Além de olhar para fora desta janela por
diversão, os astronautas também fazem observações terrestres valiosas, como eventos climáticos inesperados,
que as plataformas de detecção robótica não podem
capturar.
8. Misturando gases e fluidos
Foto 8 - Christina Koch foi responsável por verificar o hardware do experimento Capillary Structures (Foto: Nasa)
Christina Koch foi responsável
por verificar o hardware do experimento Capillary Structures, que e estuda um
método de usar estruturas específicas para administrar fluidos e gases para um
melhor suporte de vida em futuras missões espaciais.
Os
sistemas capilares podem ser mais simples de usar do que os atuais sistemas de
purificação de água e limpeza do ar, por exemplo, porque eles dependem de
formas geométricas específicas e dinâmica de fluidos em vez de máquinas
complexas. Tecnologia semelhante também poderia ser usada em sistemas de
recuperação de água, usinas de dessalinização e outras instalações na Terra.
9. Cristais em microgravidade
Foto 9 - A astronauta Koch usou um microscópio para observar e fotografar amostras crescentes de cristais de proteínas (Foto: Nasa)
Os cristais também não ficaram de fora dessa viagem. Koch
usou um microscópio para observar e fotografar amostras crescentes de cristais
de proteínas como parte do experimento chamado Microgravity Crystals. Os
cristais de proteínas cultivados em microgravidade são maiores e mais
organizados do que aqueles cultivados na Terra na presença de gravidade.
Entender como e por que isso ocorre pode ajudar pesquisadores a desenvolver,
formular, fabricar e armazenar melhor vários produtos, incluindo os
farmacêuticos.
10. Impressão sua!
Foto 10 - A BioFabrication, uma impressora de tecidos semelhantes à de órgãos, também esteve presente na nave. (Foto: Nasa)
A BioFabrication, uma
impressora de tecidos semelhantes ao de órgãos, também esteve presente na nave.
Koch testava a máquina para provar a viabilidade de criar órgãos humanos no
espaço.
O
laboratório em órbita foi um local muito apropriado para realizar esse tipo de
pesquisa, pois os cientistas descobriram que imprimir partes minúsculas e
complexas, como estruturas capilares, pode ser mais fácil na microgravidade.
11. Quase prontos para implantação
Foto 11 - Koch tentou implementar três mini-satélites chamados CubeSats, desenvolvidos pelo Japão, Ruanda e Egito (Foto: Nasa)
Koch também trabalhou dentro do módulo de laboratório Kibo,
do
Japão tentando implementar três minissatélites chamados CubeSats. O i
mplantador foi
colocado dentro da uma câmara de ar, mas o braço robótico
japonês moveu os
satélites para fora, ejetando todos os três
CubeSats na
órbita da Terra.
Embora a astronauta Christina Koch tenha retornando à Terra, a ciência a bordo da
Estação Espacial continua para estudar formas inovadoras que beneficiem os
seres humanos na Terra e aprofundem nossa exploração do Sistema Solar.