Imagens do Hubble mostram
que mancha vermelha de Júpiter está encolhendo.
15 de maio de 2014
| 16h 34
Reuters (IRENE KLOTZ) / UPI/ O Estado/Abril/Folha
A
marca registrada de Júpiter –- uma mancha vermelha maior que 4 vezes o tamanho da Terra -– está encolhendo, mostraram imagens do Telescópio
Espacial Hubble
divulgadas nesta quinta-feira (15/5) .
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A chamada “Grande
Mancha Vermelha” é uma violenta tempestade(gerando um imenso Canion) , que no final dos anos 1880 teve seu
tamanho estimado em cerca de 40 mil quilômetros de diâmetro, grande o suficiente para
acomodar 4 (quatro) Terras lado a lado. Ela é causada por
ventos com velocidade 800 km por hora, gerando um imenso cânion.
A tempestade, a maior do Sistema Solar, tem a aparência de uma profunda esfera vermelha cercada por camadas de amarelo pálido, laranja e branco. Os ventos em seu interior foram calculados em centenas de quilômetros por hora, disseram astrônomos da Nasa, a agência espacial norte-americana.
As novas
imagens tiradas pelo Hubble em órbita da Terra mostram que a mancha vermelha de
Júpiter está menor do que nunca, medindo pouco menos de 16.100 quilômetros de
diâmetro (abrangeria "apenas" 2 planetas Terra), além de parecer mais circular na forma.
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Redução da \\Grande Mancha Vermelha. Detalhe 1 (imagem captada pela Voyager 1.) Detalhe 2 (Imagem captada pela sonda Cassini) Imagem 3 (captada pelo Hubble\) |
Os cientistas não sabem ao certo por que a Grande Mancha Vermelha está encolhendo cerca de mil quilômetros por ano.
“É visível que
redemoinhos minúsculos estão se juntando à tempestade... estes podem ser
responsáveis pela mudança acelerada ao alterar a dinâmica interna (da
tempestade)”, disse Amy Simon, astrônoma do Centro de Voo Espacial Goddard, da
Nasa, em Greenbelt, Maryland, em um comunicado.
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Imagem de Júpiter (Hubble/NASA) |
Simon e seus colegas planejam levar adiante estudos para desvendar o que está acontecendo na atmosfera de Júpiter que suga sua energia e causa o encolhimento.
CONSIDERAÇÕES DESTE BLOG
Júpiter é o maior planeta do nosso Sistema Solar com um diâmetro de
142.700 km e encontra-se a uma distância 770 milhões de km do Sol.
Júpiter possui 67 satélites naturais confirmados (embora, em teoria, os componentes individuais que compõem seus anéis também sejam satélites do planeta, complicando a definição). Destes 67, 51 possuem menos de 10 km de diâmetro e foram descobertos a partir de 1975. Os quatro maiores satélites, conhecidos como satélites galileanos, são: Io, Europa, Ganimedes e Calisto
Entre 16 e 22 de julho de 1994, mais de 20 fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 atingiram o hemisfério sul de Júpiter, sendo o primeiro impacto
entre dois corpos significativos do Sistema Solar observado diretamente.
Descoberto em 25 de março de 1993 pelos astrônomos Eugene e Carolyn Shoemaker e David Levy, durante observações fotográficas de Júpiter, o cometa imediatamente despertou interesse da comunidade científica devido à sua órbita, próxima a Júpiter e por sua fragmentação, interesse que aumentou ainda mais quando a possibilidade de impacto com o planeta foi confirmada.
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Fragmentação do cometa Shoemaker-Levy 9 antes das colisões com Júpiter (telescópios em Havaí/NASA) |
Descoberto em 25 de março de 1993 pelos astrônomos Eugene e Carolyn Shoemaker e David Levy, durante observações fotográficas de Júpiter, o cometa imediatamente despertou interesse da comunidade científica devido à sua órbita, próxima a Júpiter e por sua fragmentação, interesse que aumentou ainda mais quando a possibilidade de impacto com o planeta foi confirmada.
Acredita-se que o cometa tenha sido capturado por Júpiter entre as décadas de 1960 e 1970. Durante este evento, o cometa teria passado dentro da esfera de Hill de Júpiter, com as forças de maré subsequentemente fragmentando-o.
O impacto do cometa alterou significativamente a atmosfera do planeta e gerou
manchas mais proeminentes do que a Grande Mancha Vermelha que persistiram
por vários meses. Também permitiu aos cientistas analisar a estrutura e
composição do planeta através de estudos de espectroscopia, das ondas sísmicas e das emissões
electromagnéticas geradas por ele.
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Sequência quadro a quadro da colisão do cometa Shoemaker-Levy 9 (NASA) |
Tal impacto ao derreter a camada de gelo na crosta do planeta provocou jatos de água de até 300 km.
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Imageem utra-violeta da colisão do Shoemaker-Levy 9 (NASA) |
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Em nossa modesta análise, cremos que a redução da Grande Mancha Vermelha esteja intimamente ligada ao impacto do Shoemaker-Levy 9.