segunda-feira, 19 de maio de 2014

Imagens do Hubble mostram que mancha vermelha de Júpiter está encolhendo.

15 de maio de 2014 | 16h 34

Reuters (IRENE KLOTZ)  / UPI/ O Estado/Abril/Folha

A marca registrada de Júpiter –- uma mancha vermelha maior que 4 vezes o tamanho da Terra -– está encolhendo,  mostraram imagens do Telescópio Espacial Hubble divulgadas nesta quinta-feira (15/5) .




A chamada “Grande Mancha Vermelha” é uma violenta tempestade(gerando um imenso Canion) , que no final dos anos 1880 teve seu tamanho estimado em cerca de 40 mil quilômetros de diâmetro, grande o suficiente para acomodar 4 (quatro) Terras lado a lado. Ela é causada por ventos com velocidade 800 km por hora, gerando um imenso cânion.

A tempestade, a maior do Sistema Solar, tem a aparência de uma profunda esfera vermelha cercada por camadas de amarelo pálido, laranja e branco. Os ventos em seu interior foram calculados em centenas de quilômetros por hora, disseram astrônomos da Nasa, a agência espacial norte-americana.
As novas imagens tiradas pelo Hubble em órbita da Terra mostram que a mancha vermelha de Júpiter está menor do que nunca, medindo pouco menos de 16.100 quilômetros de diâmetro (abrangeria "apenas" 2 planetas Terra), além de parecer mais circular na forma.
Redução da \\Grande Mancha Vermelha.  Detalhe 1 (imagem captada pela Voyager 1.)  Detalhe 2 (Imagem captada pela sonda Cassini)  Imagem 3 (captada pelo Hubble\)

Os cientistas não sabem ao certo por que a Grande Mancha Vermelha está encolhendo cerca de mil quilômetros por ano.
“É visível que redemoinhos minúsculos estão se juntando à tempestade... estes podem ser responsáveis pela mudança acelerada ao alterar a dinâmica interna (da tempestade)”, disse Amy Simon, astrônoma do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa, em Greenbelt, Maryland, em um comunicado.
Imagem de Júpiter (Hubble/NASA)

Simon e seus colegas planejam levar adiante estudos para desvendar o que está acontecendo na atmosfera de Júpiter que suga sua energia e causa o encolhimento. 

CONSIDERAÇÕES  DESTE  BLOG
Júpiter é o maior planeta do nosso Sistema Solar com um diâmetro de 142.700 km e encontra-se a uma distância 770 milhões de km do Sol.


O planeta Júpiter com seus anéis (NASA)


SATÉLITES

Júpiter possui 67 satélites naturais confirmados (embora, em teoria, os componentes individuais que compõem seus anéis também sejam satélites do planeta, complicando a definição). Destes 67,  51 possuem menos de 10 km de diâmetro e foram descobertos a partir de 1975. Os quatro maiores satélites, conhecidos como satélites galileanos, são:  Io, Europa,  Ganimedes e Calisto
Representação gráfica dos 4 satélites mais próximos da superfície de Júpiter. (NASA)

O IMPACTO DO COMETA Shoemaker-Levy 9

Concepção artística do Shoemaker-Levy 9

 Entre 16 e 22 de julho de 1994, mais de 20 fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9  atingiram o hemisfério sul de Júpiter, sendo o primeiro impacto entre dois corpos significativos do Sistema Solar observado diretamente.


Fragmentação do cometa Shoemaker-Levy 9  antes das colisões com Júpiter (telescópios em Havaí/NASA)

Descoberto em 25 de março de 1993 pelos astrônomos Eugene e Carolyn Shoemaker e David Levy,  durante observações fotográficas de Júpiter, o cometa imediatamente despertou interesse da comunidade científica devido à sua órbita, próxima a Júpiter e por sua fragmentação, interesse que aumentou ainda mais quando a possibilidade de impacto com o planeta foi confirmada.

Acredita-se que o cometa tenha sido capturado por Júpiter entre as décadas de 1960 e 1970. Durante este evento, o cometa teria passado dentro da esfera de Hill de Júpiter, com as forças de maré subsequentemente fragmentando-o.
O impacto do cometa alterou significativamente a atmosfera do planeta e gerou manchas mais proeminentes do que a Grande Mancha Vermelha que persistiram por vários meses. Também permitiu aos cientistas analisar a estrutura e composição do planeta através de estudos de espectroscopia, das ondas sísmicas e das emissões electromagnéticas geradas por ele.

Sequência quadro a quadro da colisão do cometa Shoemaker-Levy 9 (NASA)



Tal impacto ao derreter a camada de gelo na crosta do planeta provocou jatos de água de até 300 km.

Imageem utra-violeta da colisão do Shoemaker-Levy 9 (NASA)
    
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Em nossa modesta análise, cremos que a redução da Grande Mancha Vermelha esteja intimamente ligada ao impacto do Shoemaker-Levy 9.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Astrônomos descobrem exoplaneta com movimento de rotação  de apenas 8 horas.



O novo  exoplaneta gira em velocidade de 100 mil km/h
01/05/2014 
REUTERS / UPI / O GLOBO

Planeta Terra, com seus dias de 24 
horas de duração, gira em 
velocidade de "apenas" 1700 km/h




 Com ajuda de supertelescópio, astrônomos 

constataram que um dia do Beta Pictoris b tem apenas 8 

horas de duração.


É a primeira vez que os cientistas conseguem medir a velocidade de rotação de um planeta fora do Sistema Solar.

Uma equipe de astrônomos conseguiu medir pela 
primeira vez a velocidade de rotação de um exoplaneta 
(planetas que se encontram fora do Sistema Solar), 
segundo anunciou nesta quinta-feira, 01, 
o  Observatório Europeu do Sul (ESO) em um 
comunicado.
Segundo o ESO, os investigadores comprovaram que o 
exoplaneta Beta Pictoris b demora oito horas para 
completar o ciclo de um dia ao girar a 100 mil 
quilômetros por hora, uma velocidade maior que a da 
Terra, que é de só 1,7 mil, e superior à de qualquer 
outro planeta do Sistema Solar.
O Beta Pictoris b, que orbita ao redor da estrela Beta 
Pictoris, é 16 vezes maior e tem 3 mil vezes mais massa 
que a Terra
O exoplaneta possui um volume de água 10 vezes maior 
que o volume de água do Oceano Atlântico e Oceano 
Pacífico juntos.


Trata-se de um planeta muito jovem com 
apenas 20 milhões de anos em comparação com os 
4.500 milhões da Terra.

Beta Pictoris b  fica a 63 anos-luz de distância.

De acordo com o co-autor do estudo, Remco de Kok, 
"não se sabe por que alguns planetas giram rápido e 
outros mais devagar, mas esta primeira medida da 
rotação de um exoplaneta mostra que a tendência 
observada no Sistema Solar, no qual os planetas mais 
massivos giram mais rápido, pode se aplicar aos 
exoplanetas".

Os astrônomos também apontaram que, com o passar 
do tempo e por causa de outros fatores, se espera que 
exoplaneta se esfrie e encolha, o que fará com que 
gire ainda mais rápido.



Considerações deste Blog.

Esta é mais uma postagem sobre os denominados 

"Exoplanetas" -- ou seja, como todos sabem, planetas 

fora do nosso Sistema Planetário".

Há mais de 5 anos que os astrônomos dirigem suas 

descobertas e estudos para os exoplanetas situados na 

chama chamada "Zona Habitável".  Desde setembro de 

2013 foram descobertos 990 exoplanetas nesta zona, 

dos quais 715 são considerados em condições de 

abrigarem vida.  Possuem água em abudâncias e 

rochas similares à Terra.

Assim, republicamos dados e imagens de alguns 

desses exoplanetas, já divulgados em postagens neste 

Blog.

Se assim o fazemos é para mais uma vez demonstrar 

que a VIDA NÃO É EXCLUSIVIDADE NOSSA.  E para, em 

nossa modesta pobreza, fazer ver que não estamos 

sozinhos neste imensurável Universo;  e buscar enterrar 

a mediocridade de pensamento alimentada pelo 

fanatismo religioso.

Exoplaneta GJ 1214b descoberto em 2009.  Considerado como Super Terra, encontra-se a apenas 20 anos-luz. Possui 6 vezes a massa da Terra.  75% é constituído de água e 25% de rochas.
(Imagem Hubble/NASA)

Exoplaneta Kepler 78b, denominado Planeta Rosa, encontra-se situado a 700 anos-luz.
Imagem Telescópio Espacial Kepler /NASA)



Exoplaneta Kepler 186f, situado a 500 anos-luz.  Seus oceanos são considerados semelhantes ao da Terra assim como suas rochas.
(Imagem Telescópio Espacial Kepler/NASA)


Esses são alguns exemplos da existência de nossos vizinhos e que tivemos a oportunidade de registrar em nossas postagens.

Mas bem pertinho de nós, em nosso Sistrema Solar, sabemos e (também) tivemos a oportunidade de postar:
os lagos marcianos, e os magníficos jatos de água salgada e de gelo efetuados por um dos 31 satélites de Saturno sobre um dos seus magníficos anéis.


Lago na Cratera Gale, em Marte.
(Imagem Oportunity/NASA)
Concepção artística de Encélado, mostrando seus lagos no Polo Sul e os jatos de água salgada e gelo.
(NASA)