segunda-feira, 21 de outubro de 2019

18/outubro/2019  -  18h38 hs

Duas astronautas fazem uma caminhada no espaço, um feito histórico

A missão das astronautas americanas Christina Koch (engenheira elétrica) e Jessica Meir (doutora em biologia marinha) consistiu em reparar  um controlador de energia do lado de fora da Estação Espacial Internacional 

NASA / AFP / /Isto É


Astronautas Christina Koch e Jessica Meir - Imagem  NASA



A primeira  caminhada espacial com uma equipe totalmente feminina começou numa sexta-feira (18/10), estabelendo um momento histórico para o programa espacial.
Durante mais de sete horas e meia, as astronautas americanas Christina Koch e Jessica Meir realizaram juntas nesta sexta-feira (18) a primeira caminhada espacial com uma equipe totalmente feminina, estabelecendo um marco histórico para o programa espacial.
Foi uma grande honra, um símbolo da exploração para todos aqueles que ousam sonhar e trabalhar duro para realizar seu sonho”, disse Jessica Meir, uma bióloga marinha de 42 anos, recrutada em 2013 pela Nasa após sete horas e 17 minutos no espaço.

A caminhada fora da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla inglesa) começou oficialmente às 11H38 GMT (08H38 de Brasília).
Koch e Meir deixaram a  Estação Espacial para substituir o controlador de energia, dispositivo que opera há 19 anos e responsável por regular as baterias alimentam a ISS, e que deixou de funcionar havia 72 horas
 A missão das astronautas americanas consistiu, então,  em reparar  um controlador de energia do lado de fora da ISS, que parou de funcionar no no dia 13/10
A ISS converte a luz solar em energia elétrica através de painéis fotovoltaicos, mas durante sua órbita gasta muito tempo sem receber luz diretamente, e é nesses períodos que tira vantagem da energia armazenada nas baterias.

A manobra realizada na  sexta (18/10)  foi anunciada pela NASA na segunda-feira (14/10) e faz parte de um processo mais amplo que está em andamento para substituir as baterias antigas de níquel-hidrogênio por novas unidades de íons de lítio, que têm maior capacidade.

A astronauta Jessica Meier ao se aproximar de um dos controladores externos de energia - Imagem NASA  



Christina Koch efetua reparos em dos controladores  esternos de energia  - Imagem  NASA


O primeiro passeio espacial feito pelas duas astronautas estava marcado para março, mas a NASA teve que cancelar quatro dias antes porque elas não tinham os trajes do tamanho certo para cada uma.

Queremos garantir que o espaço esteja disponível para todas as pessoas, e esse é outro marco nessa evolução”, afirmou o administrador da NASA Jim Bridenstine.
“Eu tenho uma filha de 11 anos, quero que ela se veja como tendo as mesmas oportunidades que tive quando eu era criança”, acrescentou.

As astronautas comemoram o sucesso de suas atuações histórica  - Imagem NASA 


“Valentes e brilhantes”
O presidente Donald Trump entrou em contato com as astronautas através de uma chamada de vídeo quando eles flutuavam no vácuo, a 415 km de altura acima do Oceano Índico, à velocidade habitual de 9 km / s.
Vocês são mulheres muito corajosas e brilhantes”, disse Trump a Koch e Meir. “Representam este país muito bem”, acrescentou o presidente. “Estamos muito orgulhosos de vocês”.
Meir respondeu prestando homenagem às pioneiras do passado. “Houve muitas outras mulheres que caminharam no espaço antes de nós”, disse essa bióloga marinha de 42 anos que foi recrutada pela Nasa em 2013.
Depois do contato, as astronautas voltaram ao trabalho de reparo. “Essa é uma bela paisagem”, disse uma delas em um momento em que a Terra era iluminada pela luz brilhante do sol.
Em 1983, Sally Ride se tornou a primeira mulher americana a viajar para o espaço, como membro da sétima missão do ônibus espacial.
Hoje, o número de astronautas mulheres de origem americana excede o de qualquer outro país.
Valentina Tereshkova, a pioneira
VALENTINA TERESHKOVA,  astronauta russa   -  primeira mulher a ir ao espaço - Imagem UPI
Mas quem ostenta o recorde de ter sido a primeira mulher no espaço é a cosmonauta Valentina Tereshkova, da antiga União Soviética, em 1963, seguida por sua compatriota Svetlana Savitskaya em 1982, que viria a ser a primeira mulher a realizar uma caminhada espacial dois anos depois.

2024, ano lunar
Os Estados Unidos estão atualmente desenvolvendo uma missão chamada Artemis, irmã gêmea de Apolo da mitologia grega, com a qual pretendem retornar à Lua depois de mais de 50 anos, e incluirão mulheres em suas equipes de astronautas.
Possivelmente, também poderá compreender uma missão composta apenas por mulheres.
A data prevista para o primeiro desses novos pousos tripulados na Lua, considerados improváveis por vários especialistas, é o ano de 2024.
Marte, década de 2030
A Artemis também deve funcionar como o primeiro estágio de uma futura expedição que levará humanos a Marte na década de 2030.
A foto feita pela sonda Mars Express, que está orbitando Marte desde 2003,  mostra o polo sul do denominado "planeta vermelho" -  Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA)









I


sábado, 29 de junho de 2019


29/junho/2019
Astronauta italiana Samantha Cristoforetti explica como os astronautas da Estação Espacial vão ao banheiro
Revista Exame/ Ciência e Tecnologia (Gabriel Garcia)
O processo, não muito simples, envolve uma mangueira, um recipiente e uma unidade de reciclagem

 
Astronauta italiana Samantha Cristoforetti

Uma semana após testar a primeira máquina de espresso que funciona no espaço, a astronauta italiana Samantha Cristoforetti divulgou um vídeo detalhando a segunda parte dessa história: como os tripulantes da Estação Espacial Internacional vão ao banheiro?
A astronauta da Agência Espacial Europeia mostra que os tripulantes usam um método de duas etapas que envolvem um pequeno recipiente, uma unidade de reciclagem de urina e uma mangueira de sucção.

ASSISTA AO VÍDEO, CLICANDO NO LINK ABAIXO:

Cristoforetti explica que quando os astronautas precisam urinar, eles vão até o banheiro da Estação Espacial e fazem xixi na mangueira, que usa sucção para coletar a urina (caso contrário, ela iria flutuar por toda a estação).
Assim que a mangueira coleta a urina, o líquido é transportado para uma unidade de reciclagem, que converte o xixi dos astronautas em água potável. Sim: os tripulantes da Estação Espacial Internacional usam sua própria urina nas tarefas do dia-a-dia.
Na hora de fazer o “número 2”, o processo é praticamente o mesmo. A diferença é que após passar pela mangueira de sucção, as fezes são armazenadas em um tanque que é renovado a cada dez dias, dependendo do número de tripulantes na Estação.
O vídeo faz parte de uma série que Cristoforetti irá fazer sobre a Estação Espacial mostrando como é a vida dos astronautas que vivem na órbita terrestre.



25/junho/2019


Astronautas de EUA, Canadá e Rússia voltam à Terra após 6 meses na Estação Espacial Internacional


A astronauta da Nasa Anne McClain, o veterano cosmonauta Oleg Kononenko, da Roscosmos, e David Saint-Jacques, da Agência Espacial Canadense, pousaram  em 25 de junho nas estepes do Cazaquistão.

 by France Presse



A astronauta da Nasa Anne McClain, o veterano cosmonauta Oleg Kononenko, da Agência Russa, e David Saint-Jacques, da Agência Canadense, pousaram em 25 de junho, nas estepes do Cazaquistão, ao final de uma missão de seis meses na ISS.
Os três tocaram a terra às 2h47 GMT (23h47 em Brasília), concluindo a primeira viagem à Estação Espacial Internacional (ISS) após um lançamento fracassado em outubro, que gerou dúvidas sobre o programa espacial russo.
O canal de televisão russo "Rossiya 24" transmitiu imagens ao vivo da aterrissagem.
Minutos depois, as equipes de resgate começaram a retirar a tripulação da Soyuz da cápsula de descida.
Durante a sua missão, os integrantes da 59ª expedição à ISS orbitaram o planeta num total de 3.264 vezes, cobrindo uma distância de quase 140 milhões de quilômetros. Eles participaram de cinco caminhadas espaciais, duas do programa russo e três do programa americano.

TRÊS MEMBROS DA TRIPULAÇÃO PERMANECEM NA PLATAFORMA ORBITAL

 Os astronautas,  Aleksey Ovchinin ( russo) e os Christina Koch e Nick Hague  (americanos) permancem na Estação Espacial.
Eles se juntarão, se não houver mudanças de última hora, ao cosmonauta russo Alexandr Skvortsov, ao astronauta italiano Luca Parmitano, e ao americano Andrew Morgan, que voarão para a ISS na Soyuz MS-13, cujo lançamento está previsto para o próximo dia 20 de julho.

quinta-feira, 11 de abril de 2019


10 de ABRIL de 2019:

BURACO NEGRO tem sua comprovação por imagem.   

 

Em dia histórico, cientistas revelam primeira imagem de um buraco negro




Imagem foi captada pelo projeto 'Event Horizon Telescope' (EHT), uma rede de radiotelescópios espalhados pelo planeta.
Por G1
10/04/2019 10h12  



Astrônomos apresentam a primeira imagem de um buraco negro já registrada
Astrônomos apresentaram nesta quarta-feira (10) a primeira imagem já captada de um buraco negro. O feito é considerado um marco na física.
A divulgação ocorreu em evento organizado pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos e por representantes do projeto 'Event Horizon Telescope' (EHT), uma rede de radiotelescópios espalhados pelo planeta. O anúncio foi feito em entrevistas coletivas simultâneas em Washington, Bruxelas, Santiago, Xangai, Taipé e Tóquio, informou a Reuters.
Buraco negro — Foto: Reprodução

Os buracos negros são aglomerados com uma enorme massa de matéria concentrada em um volume reduzido, o que leva à distorção do espaço-tempo. A teoria geral da relatividade de Albert Einstein previa que qualquer estrela ou fóton que passasse perto do buraco negro seria capturado pela gravidade. Daí veio o nome: um local no espaço que 'engole' tudo que passa, até a luz.


Distância de 50 milhões de anos-luz

O buraco negro cuja imagem foi divulgada nesta quarta está no centro da galáxia M87, a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra, segundo os responsáveis pelo projeto internacional. Ele tem 40 bilhões de quilômetros de diâmetro - cerca de 3 milhões de vezes o tamanho de nosso planeta - e é descrito pelos cientistas como um "monstro".
A captação da imagem foi possível ao se observar o disco de acreção, um tipo de estrutura formada pelo movimento orbital ao redor de um corpo central, como se fosse água em um ralo. Perto do buraco negro, a formação do disco fica tão quente que brilha, emitindo luz (leia mais abaixo).
No fim do ano passado, pesquisadores anunciaram a confirmação da teoria da relatividade ao estudar uma estrela orbitando um buraco negro.   Mas essa é a primeira vez que se observa um buraco negro diretamente.
Paul McNamara, astrofísico da Agência Espacial Europeia, disse à agência France Presse que a captação da imagem é uma "FAÇANHA TÉCNICA EXCEPCIONAL".

Como foi feita a imagem?

O projeto 'Event Horizon Telescope' (EHT) é formado por uma rede de radiotelescópios espalhados pelo planeta (veja no mapa abaixo).
Combinando esses observatórios por meio de uma técnica chamada interferometria, os astrônomos puderam reproduzir um observatório virtual do tamanho da Terra, com o qual "um jornal aberto em Paris poderia ser lido de Nova York", disse Frédéric Gueth, astrônomo e vice-diretor do Instituto de Radioastronomia Milimétrica (IRAM) na Europa, que participou da pesquisa.
"Como sabemos que os buracos negros existem? Pensamos, é claro, em um buraco negro como algo muito escuro. Mas a massa que ele suga forma um chamado disco de acreção, que fica tão quente que brilha e emite luz", explica McNamara. É essa a luz captada na imagem feita em combinação com os telescópios.
Pontos amarelos mostram onde estão os telescópios do projeto EHT. — Foto: Reprodução / First M87 Event Horizon Telescope Results. I. The Shadow of the Supermassive Black Hole / The Astrophysical Journal Letters
O resultado da pesquisa foi publicado no periódico científico “The Astrophysical Journal Letters”. Para chegar à imagem, os pesquisadores fizeram simulações de 420 cenários físicos diferentes.
Cada cenário é usado para gerar centenas de instantâneos em diferentes momentos da simulação, levando a mais de 62 mil objetos na Biblioteca de Imagens”, descreve o artigo científico.
Com isso, os pesquisadores fizeram um cronograma de observação do buraco negro e compararam as imagens obtidas com as previstas.
Eles apontam que, em primeiro lugar, conseguiram comprovar a hipótese de que a matéria sugada pelo buraco negro produz um fluxo de acreção magnetizado. O anel tem forma assimétrica e é produzido “por uma combinação de lentes gravitacionais fortes e feixes relativísticos, enquanto a depressão do fluxo central é a assinatura observacional da sombra do buraco negro.”
A assimetria, de acordo com a publicação, é controlada pelo ‘spin’ (fluxo giratório), o que os leva a deduzir para que lado ele está se movimentando.
Nos modelos de disco de coroamento (onde o momento angular da matéria e do buraco negro estão alinhados), a parede do funil, ou bainha do jato, gira com o disco e o buraco negro; nos modelos de disco com rotação contrária, a parede do funil luminoso gira com o buraco negro, mas contra o disco.”


quarta-feira, 27 de março de 2019


Folha de S. Paulo 27/mar/2019

Nasa cancela caminhada espacial 100% feminina por falta de trajes

Nasa teve de cancelar a primeira caminhada espacial só de mulheres programada para sexta-feira, 29 de março, porque não há trajes espaciais suficientes do tamanho adequado para as astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).

De acordo com comunicado divulgado pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), foi necessário realizar um reajuste na segunda das três caminhadas previstas pela atual missão da ISS.
Para esta sexta-feira, estava previsto que as astronautas Anne McClain e Christina Koch fizessem uma caminhada espacial para uma intervenção em um dos canais de fornecimento elétrico da Estação. As duas entrariam para a história, visto que esta seria a primeira operação do tipo realizada unicamente por mulheres.
As astronautas Anne McClain e Christina Hammock Koch: vaga só para uma.
 (Robert Markowitz/Nasa)


Até hoje, só homens ou equipes mistas realizaram caminhadas espaciais, desde o início da montagem da estação, em 1998. Foram registradas 214 saídas deste tipo.
No entanto, Anne terá de dar lugar na missão para seu colega Nick Hague, anunciou a Nasa na noite  do dia 25 de março (segunda feira)
“Os administradores da missão decidiram ajustar as tarefas, devido em parte à disponibilidade de trajes espaciais na estação”, afirmou a agência americana em comunicado.
Anne McClain participou de uma caminhada espacial na semana passada com Nick Hague, e descobriu que o tamanho “médio” do torso superior do traje vestia melhor nela, segundo um comunicado da Nasa.
“Como apenas um torso de tamanho médio pode ser preparado até sexta-feira, 29 de março, Koch o usará”, disse a agência espacial.