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Concebem aqueles Visitantes/Comentaristas que se faz necessário nas abordagens sobre Astronomia e seus correlatos de um instrumento de divulgação "update", ou seja, que poste notícias sempre no exato momento de suas ocorrências.
Eles estão corretíssimos.
Assim o faremos.
Gratos.
terça-feira, 19 de julho de 2022
Telescópio espacial Webb chega ao
destino, a 1,5 milhão de km da Terra
Novo
equipamento é um dos mais caros da história da Nasa e poderá produzir imagens
que o antecessor, o Hubble, não conseguiria.
O telescópio espacial James
Webb alcançou sua órbita final, a 1,5 milhão de
quilômetros da Terra, de onde poderá observar as primeiras galáxias do
Universo, confirmou a Nasa nesta segunda-feira
(24). Por volta das 16h no horário de Brasília, ativou seus propulsores para
alcançar o ponto de Lagrange 2, ideal para observar o cosmos. “Bem-vindo a
casa, Webb!”, exclamou o chefe da agência espacial americana, Bill Nelson, em
um comunicado. “Demos um passo a mais para descobrir os mistérios do Universo.
E tenho vontade de ver as primeiras novas imagens do Universo do telescópio
Webb neste verão!”, acrescentou.
Na região do espaço em que ficará,o Webb permanecerá alinhado com a Terra
enquanto se move ao redor do Sol, o que permitirá ao guarda-sol que leva
proteger o equipamento sensível ao calor e à luz. Sob essas condições, o Webb
deve ser capaz de exceder facilmente sua vida mínima planejada de cinco anos,
disse Keith Parrish Webb, gerente do observatório, a repórteres em uma chamada.
A duração da missão pode ser de cerca de 20 anos, acrescentou. “Achamos
provavelmente é uma boa faixa, mas estamos tentando refinar isso”, esclareceu.
O telescópio James Webb, cujo custo para a Nasa chega a cerca de 10 bilhões de
dólares, é um dos equipamentos científicos mais caros já construídos, comparado
a seu antecessor, Hubble, ou ao acelerador de partículas do CERN.
domingo, 13 de fevereiro de 2022
SONDA SOLAR DA NASA CAPTA
IMAGENS
INÉDITAS DE VENUS EM LUZ VISÍVEL
10/02/2022 12h21,
atual
iA sonda solar Parker, da Nasa, além de investigar os ventos solares, também volta
seu foco para o planeta Vênus
Imagem: Universidade Johns Hopkins/Divulgação
Nesta
quarta-feira (9), a Nasa divulgou que a sonda solar Parker fez uma grande contribuição para a ciência
venusiana. Novas imagens da missão focada no Sol, capturadas durante um
sobrevoo próximo de Vênus, mostram o planeta em luz visível pela primeira vez.
Segundo
a agência espacial norte-americana, com o tempo e uma análise aprofundada, as
novas imagens fornecerão informações valiosas sobre a geologia e minerais do
planeta. “Combinando as novas imagens com as anteriores, os cientistas agora
têm uma gama mais ampla de comprimentos de onda para estudar, o que pode ajudar
a identificar quais minerais estão na superfície do planeta”.
Tais
técnicas, de acordo com o comunicado da agência, já foram usadas para estudar
a superfície da Lua.
“Futuras missões continuarão a expandir essa gama de comprimentos de onda, o
que contribuirá para nossa compreensão dos planetas habitáveis”.
A
Sonda Solar Parker capturou essas imagens de Vênus usando seu instrumento WISPR
durante seu quarto sobrevoo, em fevereiro de 2021, mostrando a superfície do
lado noturno do planeta. Imagem: NASA/APL/NRL
A
câmera de campo amplo da sonda (WISPR, na sigla em inglês) fez imagens de todo
o lado noturno do planeta em luz visível, bem como luz infravermelha, revelando
continentes, planícies e platôs no planeta encharcado de lava. Além disso,
cientistas detectaram oxigênio na
atmosfera de Vênus formando um círculo luminoso ao redor do planeta.
Ver
a superfície em luz visível não é pouca coisa, tendo em vista que Vênus está
permanentemente envolto por nuvens. Essa não é a primeira vez que a WISPR
captura imagens do planeta; ela já o tinha feito durante um sobrevoo em julho
de 2020, o terceiro da missão.
Uma imagem de Vênus tirada
em julho de 2020, pelo instrumento WISPR na Sonda Solar Parker da NASA
Imagem: NASA/Johns Hopkins APL/Naval Research Laboratory/Guillermo Stenborg e
Brendan Gallagher
Projetada
para captar sutilezas no fluxo constante de partículas que emanam do Sol,
conhecido como vento solar, a WISPR também mira Vênus em razão de suas
capacidades também funcionarem bem no planeta, não apenas mostrando seus topos
de nuvens, mas até mesmo espiando até a superfície. “As nuvens obstruem a maior
parte da luz visível proveniente da superfície de Vênus, mas os comprimentos de
onda visíveis mais longos, que beiram os comprimentos de onda quase
infravermelhos, passam por elas”, explicou a Nasa em comunicado.
Como
a luz vermelha se perde principalmente em imagens à luz do dia, a esperança era
que uma observação noturna permitisse que a câmera captasse o calor de Vênus
irradiando da superfície. Essa chance veio com um sobrevoo de fevereiro do ano
passado, no quarto sobrevoo da missão no planeta, quando a espaçonave passou
por ali pela primeira vez à noite.
“A
temperatura na superfície de Vênus, mesmo à noite, é de cerca de 460 graus
Celsius”, disse o autor principal do estudo, publicado no Geophysical Research Letters,
Brian Wood, físico do Laboratório de Pesquisa Naval em Washington. “É tão
quente que a superfície rochosa de Vênus está visivelmente brilhando, como um
pedaço de ferro puxado de uma forja”.
Segundo
Wood, o WISPR captou comprimentos de onda que vão desde o infravermelho próximo
(que era visível como calor) até a luz visível, entre 470 nanômetros e 800
nanômetros. Este trabalho se distingue de missões em órbita anteriores, que
contaram com observações de radar e infravermelho para olhar para a superfície
do planeta.
Cientistas encontram possível evidência de vida
extraterrestre em Vênus. 'Fiquei estupefata', diz astrônoma
Presença de gás fosfina, produzido
por bactérias que vivem em ambientes inóspitos, na atmosfera do planeta foi
descoberta por equipe internacional
O Globo com agências
e NYT
14/09/2020 - 12:42 / Atualizado em
14/09/2020 - 21:02
WASHINGTON —Cientistas anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de
gás fosfina em Vênus, um forte indicador da presença de vida no planeta. As
evidências foram publicadas no periódico científico Nature Astronomy. Na Terra,
o composto químico é produzido por bactérias que vivem em ambientes com
escassez de oxigênio, como é o caso da atmosfera venusiana.
— Eu fiquei muito surpresa. Estupefata, na verdade — afirmou a astrônoma
e professora da Universidade de Cardiff, no País de Gales, Jane Greaves, que
liderou os trabalhos.
A existência de vida extraterreste é um dos maiores questionamentos da
ciência. A descoberta do gás fosfina em Vênus foi feita por um time internacional
de cientistas no Telescópio James Clerk Maxwell, no Havaí, e confirmado por
meio do rádiotelescópio Alma, no Chile. Esta é a primeira vez que este composto
é descoberto em um planeta telúrico do Sistema Solar, com exceção da Terra. .
O gás, formado pela combinação de fósforo com três átomos de hidrogênio,
é considerado altamente tóxico para seres humanos. A concentração encontrada na
atmosfera de Vênus é de 20 partes por bilhão.
Jane explica que os pesquisadores avaliaram possíveis fontes não biológicas,
como atividade vulcânica, meteoritos e diversas reações químicas, mas nenhuma
pareceu viável. As pesquisas continuarão com o intuito de confirmar a presença
de vida no planeta ou encontrar uma explicação alternativa.
— Com base no que sabemos sobre Vênus, a explicação mais plausível para
a presença do gás fosfina, por mais fantástica que pareça, é a presença de vida
— disse Clara Sousa-Silva, portuguesa de 33 anos, co-autora e astrofísica
molecular do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA). — É preciso
enfatizar, no entanto, que a hipótese de vida (extraterrestre) deve ser
encarada como o último recurso. A descoberta é importante porque, se for o
caso, isso significa que não estamos sozinhos e que a vida por si só pode ser
muito comum. Pode haver vários outros planetas habitados em nossa galáxia.
Vênus é o planeta mais próximo da Terra. É similar em estrutura, embora
ligeiramente menor, e é o segundo planeta mais próximo do Sol, enquanto a Terra
é o terceiro. A atmosfera venusiana é tóxica e densa e retém o calor. A
temperatura na superfície chega a 471°C, o suficiente para derreter
chumbo. A pressão atmosférica é 90 vezes maior do que a terrestre.