quinta-feira, 20 de novembro de 2014



Philae encontra gelo, poeira e moléculas orgânicas em cometa.

ESA/Veja - 18/11/2014


Robô enviou dados coletados nas últimas horas de duração da bateria.

Foto 1 / 7
AMPLIAR FOTOS
Fotografia feita pelo robô Philae mostra um de seus pés no local de pouso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
Fotografia feita pelo robô Philae mostra um de seus pés no local de pouso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko - ESA/Rosetta/Philae/CIVA/Reuters
Nos últimos momentos de vida útil de sua bateria, o robô Philae conseguiu enviar para a Terra dados sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko coletados por seus instrumentos. Os primeiros resultados da análise desse material inédito revelaram que o módulo encontrou moléculas orgânicas no 67P, além de uma superfície composta por gelo e poeira.
De acordo com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), responsável pela operação do Philae, um instrumento chamado Cosac, desenhado para "cheirar" a atmosfera do cometa, detectou as moléculas orgânicas. A identificação das moléculas, no entanto, ainda está em análise, informou o DLR.
No local onde o Philae pousou pela última vez, o instrumento Mupus ("Measurements of surface and subsurface properties" ou Medições de propriedades da superfície e subsuperfície, em tradução literal) registrou uma temperatura inicial de 153 graus Celsius negativos e, após meia hora, o local ficou 10 graus mais frio.
O dispositivo martelou a superfície do 67P, mas não conseguiu ir além de alguns milímetros, mesmo com a potência máxima do motor ativada. “Nós acreditamos que o robô encontrou uma superfície dura, comparável a gelo sólido”, afirma Tilman Spohn, principal pesquisador do instrumento. Parte do instrumento de medições estava nos arpões, que não dispararam após o pouso, por isso alguns dados não puderam ser coletados.

Núcleo do cometa — Ao observar os resultados do mapeamento térmico, os pesquisadores chegaram à conclusão preliminar de que as camadas superiores do cometa têm 10 a 20 centímetros de espessura de poeira, cobrindo gelo ou uma mistura de poeira e gelo. Eles sugerem ainda que, a uma grande profundidade, o gelo se torna mais poroso, uma vez que instrumentos da Rosetta identificaram uma densidade mais baixa do núcleo.
“O Mupus pode ser utilizado novamente se nós conseguirmos energia o suficiente. Então seria possível fazer observações diretas da camada na qual o módulo está e ver como ela evolui à medida que se aproxima do Sol”, afirma Spohn.
Rosetta — Enquanto os dados coletados pelo Philae são analisados pelos cientistas, a sonda Rosetta continua sua jornada, acompanhando o cometa em sua aproximação com o Sol, em agosto do ano que vem.

CONSIDERAÇÕES DESTE BLOG.
A estupenda descoberta do robô Philae sobre a 
existência de gelo e moléculas orgânicas no solo do 
minúsculo e importante cometa "Chury" , só vem 
confirmar o que os cientistas já souberam a partir das 
sondas Explorer 1 e 2 quando identificaram um volume 
gigantesco no sub-solo  da lua Europa de Júpiter, bem 
como na lua Encélado de Saturno (esta com explosões 
em seu polo sul a jorrar água, sal e gelo sobre o anel 14 
de Saturno, o qual por sua vez faz "chover" sobre a 
superfície do planeta.  Também ressaltamos as 
fenomenais descobertas (plenamente documentadas 
pelo robô Curiosity) de geleiras, rios e mares em Marte.

Todos esses dados podem ser revistos em nossas 
postagens neste mesmo Blog ou em nossos Blogs 
universo-sem-limites.blogspot.com.br
e/ou
caminhos-estrelas.blogspot.com.br


Um comentário:

  1. Que magnífico e necessário blog que nos presenteia além de informações "up date" nos enriquece com dados ulteriores sobre os eventos em pauta.
    PARABÉNS!! e Muitíssima obrigada!!!
    Clara Maria de Souza /// Santos // SP

    ResponderExcluir