25/fevereiro/2017 às 12h45
Com descoberta do novo
sistema solar Trappist-1, exoplanetas somam agora 3.453
Segundo
dados da Nasa, há outros 4.696 planetas extrassolares a serem confirmados
Ilustração mostra a superfície de um dos planetas que orbita ao redor da Trappist-1 - M. KORNMESSER / AFP
O primeiro exoplaneta descoberto foi o 51 Pegasi B, em 1995.
O desenvolvimento da tecnologia nos anos seguintes permitiu que o volume de
novas revelações fosse acelerado — como, por exemplo, com o lançamento pela
Nasa do telescópio Kepler, enviado à órbita em 2009 com o objetivo de encontrar
planetas fora do nosso Sistema Solar que podem ser habitáveis. O telescópio já
confirmou a existência de 2.331 exoplanetas.
Inicialmente, a tendência foi de descoberta de planetas
isolados e maiores, conhecidos como gigantes gasosos, como Júpiter; depois, se
tornou possível a identificação de planetas menores, finalmente chegando
àqueles com tamanho aproximado da Terra, além de sistemas planetários inteiros.
Em 2010, pela primeira vez, foi anunciado um sistema com mais semelhanças com o
nosso, identificado inicialmente a partir da Terra, no Observatório Europeu do
Sul, no Chile.
Ilustração
Dentre os sete planetas que orbitam Trappist-1, três estão
na chamada "zona habitáve", onde as condições são favoráveis à
existência de água em estado líquido e vida. Os outro quatro planetas passam de
raspão pela classificação.
Mas apenas porque um planeta entra nesta categoria, não quer
dizer que a vida exista ou possa ter existido. Segundo a astrofísica do
Massachusetts Institute of Technology (MIT) Sara Seager, se os alienígenas
observassem o Sistema Solar a partir do sistema ao redor da Trappist-1, eles
poderiam estar dizendo algo como: "Olha, tem três planetas habitáveis ali,
Venus, Terra e Marte".
— Devemos esperar para ver o que existe ali — recomenda com
cautela Seager, que não fez parte da descoberta divulgada na quarta-feira.
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