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Concebem aqueles Visitantes/Comentaristas que se faz necessário nas abordagens sobre Astronomia e seus correlatos de um instrumento de divulgação "update", ou seja, que poste notícias sempre no exato momento de suas ocorrências.
Eles estão corretíssimos.
Assim o faremos.
Gratos.
sábado, 25 de fevereiro de 2017
25/fevereiro/2017 às 12h45
Com descoberta do novo
sistema solar Trappist-1, exoplanetas somam agora 3.453
Segundo
dados da Nasa, há outros 4.696 planetas extrassolares a serem confirmados
Ilustração mostra a superfície de um dos planetas que orbita ao redor da Trappist-1 - M. KORNMESSER / AFP
De uma só vez, foi confirmada, nesta quarta-feira (22), a
descoberta de novos sete planetas extrassolares (ou exoplanetas, aqueles que
orbitam estrelas que não o nosso Sol). Agora, de acordo com dados da Nasa,
existem 3.453 exoplanetas com existência confirmada, e outros 4.696 à espera de
confirmação. No que diz respeito a sistemas de planetas — como o recém-revelado,
em torno da estrela-anã Trappist-1 —, há 577 reconhecidos.
O primeiro exoplaneta descoberto foi o 51 Pegasi B, em 1995.
O desenvolvimento da tecnologia nos anos seguintes permitiu que o volume de
novas revelações fosse acelerado — como, por exemplo, com o lançamento pela
Nasa do telescópio Kepler, enviado à órbita em 2009 com o objetivo de encontrar
planetas fora do nosso Sistema Solar que podem ser habitáveis. O telescópio já
confirmou a existência de 2.331 exoplanetas.
Inicialmente, a tendência foi de descoberta de planetas
isolados e maiores, conhecidos como gigantes gasosos, como Júpiter; depois, se
tornou possível a identificação de planetas menores, finalmente chegando
àqueles com tamanho aproximado da Terra, além de sistemas planetários inteiros.
Em 2010, pela primeira vez, foi anunciado um sistema com mais semelhanças com o
nosso, identificado inicialmente a partir da Terra, no Observatório Europeu do
Sul, no Chile.
Ilustração
Dentre os sete planetas que orbitam Trappist-1, três estão
na chamada "zona habitáve", onde as condições são favoráveis à
existência de água em estado líquido e vida. Os outro quatro planetas passam de
raspão pela classificação.
Mas apenas porque um planeta entra nesta categoria, não quer
dizer que a vida exista ou possa ter existido. Segundo a astrofísica do
Massachusetts Institute of Technology (MIT) Sara Seager, se os alienígenas
observassem o Sistema Solar a partir do sistema ao redor da Trappist-1, eles
poderiam estar dizendo algo como: "Olha, tem três planetas habitáveis ali,
Venus, Terra e Marte".
— Devemos esperar para ver o que existe ali — recomenda com
cautela Seager, que não fez parte da descoberta divulgada na quarta-feira.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Descoberto sistema com sete planetas similares à Terra
Objetos orbitam estrela anã a
distâncias que permitiram existência de água em estado líquido na sua
superfície, condição para abrigar vida como conhecemos
Ilustração mostra como seria a visão do sistema da superfície de um dos seus planetas centrais: possibilidade de ter água em estado líquido, condição para existência de vida como conhecemos
Cientistas anunciaram nesta quarta-feira a
descoberta de um sistema planetário a 39 anos-luz da Terra com nada menos que
sete objetos provavelmente parecidos com nosso planeta, isto é, relativamente
pequenos e rochosos. E mais: os chamados planetas extrassolares, ou
exoplanetas, orbitam sua estrela a uma distância em que muitos, se não todos,
teriam uma temperatura que permitiria a existência de água em estado líquido na
sua superfície, condição vista como essencial para o desenvolvimento ou
manutenção de vida como conhecemos.
Esquema comparativo dos períodos orbitais, distâncias da estrela, raio e massa dos planetas recém-descobertos e os quatro planetas rochosos de nosso Sistema Sola - Nature
- Este é um
sistema planetário incrível, não só porque achamos tantos planetas, mas porque
eles todos são surpreendentemente similares em tamanho à Terra - diz Michaël
Gillon, pesquisador da Universidade de Liège, Bélgica, e líder da equipe
responsável pela descoberta, relatada na revista "Nature".
Assim, os
sete planetas na órbita da Trappist-1 – designados Trappist-1b, c, d, e, f, g e
h, na ordem de distância da estrela – precisam estar muito perto dela para
estarem na chamada “zona habitável”, em que não estão nem próximos nem longe
demais de modo que recebam calor suficiente para ter água líquida. E, de fato,
o sistema é tão compacto que mais se assemelha novamente ao de Júpiter e suas
chamadas luas galileanas, Europa, Ganímedes, Io e Calisto. Segundo os
cientistas, o primeiro dos planetas leva apenas cerca de 1,5 dias para dar uma
volta completa na estrela, enquanto o "ano" último dura
aproximadamente 20 dias.
- A emissão
de energia de estrelas anãs como a Trappist-1 é muito mais fraca que a do nosso
Sol, então os planetas têm que estar em órbitas muito mais próximas do que as
que vemos no Sistema Solar para que tenham água na superfície - explica Amaury
Triaud, do Instituto de Astronomia de Cambridge, Reino Unido, e um dos
coautores da descoberta. - Felizmente, parece que é este tipo de configuração
compacta que vemos em torno da Trappist-1.
Ainda de
acordo com os cálculos dos cientistas, três dos planetas intermediários do
sistema, Trappist-1c, d e f, recebem uma quantidade de energia de sua estrela
simlar à que banha Vênus, Terra e Marte, respectivamente. Mas isto não é o
bastante para inferir sua habitabilidade, como os próprios Vênus e Marte provam
no nosso Sistema Solar, em que o primeiro é um inferno cuja temperatura na
superfície é capaz de derreter chumbo, enquanto o segundo é em grande parte um
deserto gelado.
Diante
disso, os pesquisadores fizeram simulações de como seria o clima nos planetas.
Estes modelos indicam que os três primeiros objetos do sistema provavelmente
são quentes demais para ter água líquida, exceto talvez em uma pequena fração
de sua superfície. Já o último, Trappist-1h, cuja distãncia da estrela ainda
precisa ser melhor apurada, estaria muito longe e seria frio demais. Mas os
planetas Trappist-1e, f e g estariam confortavelmente dentro da zona habitável
da estrela e podem estar cobertos por oceanos, afirmam.
- Esta
descoberta pode ser uma peça significativa no quebra-cabeça da busca por
ambientes habitáveis, lugares que são propícios à vida - avalia Thomas
Zurbuchen, vice-diretor da Divisão de Missões Científicas da Nasa, cujo
observatório espacial infravermelho Spitzer foi fundamental para a descoberta.
- Responder à questão "estamos sozinhos" é uma das maiores
prioridades da ciência e encontrar tantos planetas como estes pela primeira vez
na zona habitável de sua estrela é um passo notável em direção desse objetivo.
domingo, 8 de janeiro de 2017
6/janeiro/2017 - 9h15
Governo americano considera que risco de colisão com asteroide é ‘real’
É criado um plano estratégico para lidar com possível impacto
Ilustração mostra um asteroide perto da órbita da Terra - ESA
O tema é constantemente explorado pelo
cinema e, no passado, foi um dos responsáveis pela extinção dos dinossauros.
Mas a possível colisão de um asteroide de grandes proporções com o planeta é um
assunto sério, tanto que a Casa Branca elaborou um plano estratégico para lidar
com a situação. No documento “National Near-Earth Object
Preparedness Strategy”, divulgado esta semana, a administração
federal americana ressalta ser “improvável” que um impacto que ameace a
civilização humana aconteça nos próximos dois séculos, mas o “risco de impactos
menores, mas ainda assim catastróficos é real”.
Trata-se do primeiro plano oficial do
governo americano para lidar com os objetos próximos da Terra (NEO, na sigla em
inglês). Com base em dados do Departamento de Defesa dos EUA, o relatório
afirma que entre 1994 e 2013, 556 bólidos de pequenas proporções, entre um e 50
metros de diâmetro, foram observados penetrando a atmosfera do planeta. E mesmo
esses pequenos corpos possuem poder destrutivo.
Em fevereiro de 2013, um asteroide de
aproximadamente 20 metros de diâmetro caiu perto da cidade de Chelyabinsk, na
Rússia, liberando energia de quase 500 quilotons de TNT, entre 20 e 30 vezes
mais que as primeiras bombas atômicas. E as estimativas indicam que existam ao
menos 10 milhões de objetos com órbita próxima à da Terra com diâmetro maior
que 20 metros, mas que ainda não foram detectados. Em Tunguska, também na
Rússia, um objeto com diâmetro estimado em 40 metros explodiu perto da
superfície do planeta, devastando2 mil quilômetros quadrados de floresta, com
energia entre 5 e 10 megatons de TNT.
“Se um evento similar ocorresse sobre
uma área metropolitana, poderia resultar em milhões de feridos e mortos”, diz o
documento. “Estimativas atuais dos NEOs predizem que existam mais de 300 mil
objetos com mais de 40 metros”.
Uma decisão do Congresso americano
exige que a Nasa identifique 90% dos objetos que ameacem colidir com a Terra
com diâmetros maiores de 140 metros. Esses objetos podem liberar energia de no
mínimo 60 megatons de TNT, sendo mais poderosos que as mais modernas armas
nucleares já testadas. Mas após duas décadas de pesquisas, apenas 28% desses
asteroides foram identificados.
“Quando um NEO em curso de colisão com
a Terra for identificado, teremos uma ameaça global que irá requerer a
liderança dos EUA para estabelecer uma abordagem coordenada global para
detecção, rastreio e caracterização assim como para deflexão e operações de
destruição, se necessário, e preparação para o caso de impacto”, diz o
documento.
O plano estratégico possui sete pontos
que devem ser alvo de políticas e esforços da administração federal americana:
melhorar as capacidade de detecção, rastreio e caracterização de NEOs;
desenvolver métodos para desviar e destruir NEOs; melhorar a integração de
programas de modelagem e previsão; desenvolver procedimentos de emergência para
cenários de impactos; estabelecer procedimentos de resposta e recuperação; e
estabelecer protocolos de comunicação e coordenação.